top of page

Angústia: os 20 principais sintomas e tratamentos  

artigo publicado no site Psicanálise Clínica - IBPC

A angústia é uma sensação psicológica conhecida por seus sentimentos de “abafamento da garganta”, aperto no peito, inquietude e nervosismo. Trata-se de uma experiência complexa que pode afetar o nosso comportamento, humor e pensamento, podendo gerar futuros problemas psicossomáticos.

É certo que todas as pessoas a possuem, mas não em alto nível. Nesse estado, ela se manifesta motivada por um dos Transtornos de Ansiedade (pânico, fobias, obsessões), por reações no corpo e manifestações que envolvem, ou não, uma doença orgânica.

Entre os sintomas mais decorrentes da angústia, temos:

  • Ansiedade acompanhada de falta de ar, aperto no peito;

  • Sentimento de caos interior;

  • Batimentos cardíacos desacelerados;

  • Pensamentos negativos e sentimento de preocupação;

  • Dores de cabeça e enxaquecas frequentes;

  • Dores musculares;

  • Insônia;

  • Alterações do apetite;

  • Desânimo e abatimento mental;

  • Dificuldade de concentração em tarefas;

  • Falta de ar e crises de pânico e medo;

  • Tremores, calafrios, suor à noite e ataques de diarreia.

 Quais os motivos de causa da angústia?

A maioria dos casos de angústia estão relacionados a um estilo de vida com situações que favorecem o sentimento de culpa, arrependimento, insegurança e frustração. Mesmo assim, existem situações em que a dor surge sem um motivo aparente, variando de acordo com cada pessoa.

O sentimento de angústia também pode ser um sinal íntimo de um estado de depressão. O que pode intensificar ainda mais a dor sentida. Estudos apontam que ambas essas doenças aumentam em três vezes o risco dos pacientes em desenvolvê-las simultaneamente. Por isso, a primeiro sinal de frequência dos sintomas é recomendada a procura de um psicólogo ou psiquiatra.

Como a angústia atua em nosso cérebro?

Ela atua nos circuitos nervosos de nosso sistema. O cérebro costuma desviar os sinais físicos desconfortantes para que o corpo possa se concentrar. Essas vias de recepção de dores e emoções utilizam-se de neurotransmissores para regular o humor.

Quando essa regulamentação é falha, a angústia toma formato e se intensifica, junto à tristeza e desesperança. Com essa alteração do sistema nervoso, as dores passam a ser o centro de atenções, perpetuando-se essa condição psicológica.

 Medicamentos e tratamentos para angústia

A dor causada pela angústia pode receber tratamento através de praticamente todas drogas utilizadas pela psiquiatria. Estabilizadores de humor, anticonvulsivantes e benzodiazepínicos geralmente são indicados para aliviar a ansiedade, fadiga e insônia. Já, os dois principais antidepressivos, tricíclicos e ISRS, também podem ser utilizados, mas em doses menores.

Durante o tratamento da angústia, o antidepressivo tricíclico amitriptilina (Elavil) é o mais recomendado para ser utilizado como analgésico, principalmente por sua atuação sedativa contra a dor e aumento de atividade dos neurotransmissores norepinefrina e serotonina.

Inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS) também podem ser utilizados, mas seus resultados podem ser diferentes. Geralmente, antidepressivos dessa natureza, como a sertralina (Zoloft) e a fluoxetina (Prozac), não são eficazes como analgésicos. Mas, seus efeitos colaterais são mais toleráveis ao corpo, sendo opções de menor risco ao paciente. Um tratamento que mescla esses dois tipos de medicamento é bem comum aos pacientes que sofrem de angústia, já que ambas drogas atuam na percepção da dor e regulam o humor.

Existe ainda um antidepressivo mais moderno que pode auxiliar todos esses neurotransmissores. É o venlafaxina de ação dupla (Effexor), que se apresenta superior aos dois tipos de medicamentos já citado. Entretanto, as evidências de seu uso ainda são inconclusivas.

 Pensamentos para auxiliar na luta contra a angústia

Outra forma de fortalecer o tratamento químico é através de um trabalho que foque no emocional e nos pensamentos ativos do paciente. Assim, o tratamento terapêutico, realizado com psicólogos e psicanalistas, é essencial para melhores resultados.

Nele, o paciente irá trabalhar para que consiga superar a força de seus inquietos pensamentos, a fim de reduzir seus sintomas físicos em diversas situações. E é durante esse tratamento que o paciente precisa encarar seus conflitos mentais internos. Nesse processo, precisa reconhecer os problemas e situações que o perturbam e caso existam mais de um problema, a prioridade passa a ser definir qual é o pior dos males.

Essa reflexão é mais do que necessária, afinal a não definição de um problema intensifica a angústia, tornando-a perturbadora e infringente em questões sociais cotidianas. Encarar o problema e passar a tratá-lo é um importante processo. Assim como aceitar resoluções que estão fora do seu alcance e a impotência para questões que não dependem de si mesmo.

Em resumo, o paciente com angústia precisa realizar determinados exercícios mentais, como:

  • A dor da angústia só existe devido há um conflito interno;

  • Identificar qual é o problema que mais gera esse sentimento dentro de si;

  • Listar ações que podem alterar a situação e realizá-las sempre que possível;

  • Parar de adiar questões e realizá-las imediatamente;

  • Aceitar situações em que não é possível alterá-las independentemente de sua pessoa, principalmente perdas de pessoas, empregos, etc.;

  • Sempre voltar sua mente para as questões prioritárias em sua vida.

 E o mais importante! Nunca o paciente deve ficar lamentando e falando para amigos e familiares sobre a sua dor. A busca por dias melhores, saúde e aceitação deve começar do próprio diagnosticado. E ele precisa ter perseverança e esperança de que com ajuda de um especialista, a sua vida irá melhorar.

bottom of page